Amor se mede?
Hoje em uma conversa edificante com uma profissional da área de Psicologia, saiu a frase : “não devemos condicionar o amor que acreditamos receber e o que doamos, de acordo com as respostas das pessoas”.
Achei um tanto profunda a frase e embora pareça óbvia, ficou ecoando durante o dia na minha mente.. Para desocupar um pouco ela, resolvi escrever um pouquinho aqui.
Você já se pegou contabilizando o quanto aquela pessoa( pai, mãe, irmã, namorado, marido) te ama?
Tipo: ah.. ele não lembrou dessa data, então não tem consideração por mim.
Ou : ele não fez isso, que é importante pra mim, então não me ama!
E ai baseada nessa viagem desnecessária, planejou todos os seus passos para com o indivíduo, na busca de “dar o troco”ou não se sentir por baixo.
Gente… isso é tão comum!!! Não importa idade.. sexo.. ou maturidade.. percebo que a grande maioria, para não dizer todos, faz um pouquinho isso. Ai lembrei de uma leitura recente que fiz : “A raiz da rejeição” de Joyce Mayer. Que fala bem sobre comportamentos que são baseados em – rejeição – o quanto é importante nos conhecermos bem, para sabermos lidar com o outro com tranquilidade.
Sim, eu sou super a favor da tranquilidade. Tenho descoberto não saber viver sem ela… já diz a música :
“Tudo é uma questão de manter,
a mente quieta, a espinha ereta,
e o coração tranquilo.”
Então, porque fazemos isso de medir o amor que o outro tem por nós pelas suas respostas/ ausências/ presenças/ presentes/ ações?
Acredito eu, que na insegurança de vivermos na raiz da rejeição sem sabermos, necessitamos por a régua a todo instante para nos certificarmos de que está tudo “sob controle”. E quem disse que o amor precisa de controle?! Ele precisa de liberdade… de maturidade… de um coração aberto. Pois sem liberdade o amor não flui. Sem maturidade ele não é percebido, e em um coração fechado, ele não entra.
Devemos ser positivos. Termos fé. Se o outro diz que nos ama, que acreditemos. E não fiquemos medindo os passos dessa pessoa tentando achar como que num “jogo dos 7 erros” o motivo dessa pessoa merecer nossa hostilidade, revanche ou qualquer outra coisa vinda de uma vibe que nada, nada, nada edifica! Nem a quem sente, nem a quem é ofertado.
Falamos muito de evoluir…
Nos gabamos muito pelo quase nada que fazemos…
E na hora H de amar, cadê nosso ser capaz?!
Onde esse herói escondeu suas forças?
Hoje eu me desafio a encontrar esse personagem dentro de mim que é capaz de ter tanta paz, que consegue amar!
E você, também quer achá-lo?!
Boa reflexão…